Eu estive fora, fora de casa, fora de rumo, fora de meus círculos de amizade. Eu estive fora de mim. Eu só queria fugir das pessoas e seus julgamentos. Eu só queria fugir de mim e meus pensamentos. É como se eu não quisesse mais morar nessa casa, nesse país, nesse mundo ou nesse universo. É como se eu não quisesse mais morar em mim.
Não importava pra onde eu fugia, eu e meus pensamentos sempre estávamos lá. Não importava pra onde eu fugia, sempre existiam pessoas que estavam a me julgar.
Eu voltei e podia dizer que estava cansado, mas isso não é verdade. Eu voltei porque estou descansado e pronto para a verdade. Eu sou um grande mentiroso, nunca estarei pronto. Eu sou um grande mentiroso, nunca aceitei as coisas e ponto.
Não se trata mais de andar, correr ou voar. A questão agora é pra onde. Não se trata mais do tempo e sua inflexibilidade. A questão agora é um local e uma certa paisagem. Não precisa ser um espaço físico, pode ser uma situação. Não precisa ter um efeito químico, pode ser só emoção.
Em quanto eu estive fora, o meu mundo continuou mudando e as pessoas continuaram andando. Em quanto eu estive fora, eu desisti de mudar, desisti de andar. Eu desisto! Eu existo! Eu resisto! Eu persisto!
Eu só queria apagar as luzes e assistir o fim do show. Eu só queria apagar as luzes. E enfim ...
Achei o final do seu texto um pouco pessimista. Mas enfim, todos já se sentiram - ou se sentirão - assim. Tem vezes que não aguentamos mais, pessoas que possuem os mesmos defeitos que nós e que erram como nós, nos apontando, ridicularizando. Mas é esse tipo de coisa que deve nos dar gana de continuar e frustrar as expectativas dos que não acreditam em nós, daqueles que nos torcem o nariz.
ResponderExcluirParabéns pelo texto e um abraço!
Tem um selo pra vc no meu blog! :D
ResponderExcluirBeeijo =*
borboleta miou o blog?
ResponderExcluira borboleta mio o blog chico ?
ResponderExcluirAUIahUIHuiAH
Adorei!!!
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