sábado, 3 de outubro de 2009

Rio 2016, Uma Jogada Olímpica



Nessa sexta feira dia 2 de outubro tivemos uma noticia polemica, boa para uns ruim para outros, de que o Rio de Janeiro, a cidade maravilhosa, principalmente para os gringos que vem ao Rio para molestar nossas crianças, nos passar doenças e que alem de gastar seu dinheiro abastecendo o comercio também sustentam os pivetes e os assaltantes com suas câmeras digitais possantes, seus celulares de ultima geração e todos aqueles dolares quase que para fora da carteira, iria sediar os jogos olímpicos.
Depois de recebermos essa noticia houve um verdadeiro bacanal comemorativo na praia de Copacabana ao som de Lulu Santos e do Grupo Revelação, o que nos leva a crer que se as pessoas estão comemorando deve ser porque sediar os jogos olímpicos é uma coisa boa, Mas nem todos os cariocas e brasileiros concordam com isso.
Alguns dos meus conterrâneos, que são extremamente contra a inédita façanha na América latina de sediar os jogos olímpicos, afirmam, convictamente, que não é de jogos olímpicos que precisamos, que não precisamos de mais estádios de futebol ou de conglomerados esportivos, eles afirmam que precisamos de mais escolas, faculdades, restaurantes populares e conjuntos habitacionais de boa qualidade, precisamos resolver o problema de desigualdade social, expressada nitidamente por nossas favelas, necessitamos ainda de investimentos em saneamento básico e um sistema de saúde mais eficiente e etc.
Particularmente concordo com eles em todas essas afirmações. Porem ser o pais anfitrião dos jogos olímpicos traz benefícios, não governamentais, inegáveis, como patrocínio para nossos atletas, a renda gerada pelo turismo e até mesmo um status, mesmo que não tão verídico, de que o Brasil está evoluindo em tantos aspectos que é até capaz de sediar uma olimpíada.
Tendo em vista esses pontos penso que se não sediássemos os jogos olímpicos acho que pouca coisa mudaria em relação a nossa cidade ou até mesmo nosso pais. Os investimentos em educação, segurança, saúde, transporte e todos esses de mais sistemas básicos, porem de extrema necessidade, continuariam estáticos. A população não se mobiliza para cobrar de seus governantes o que lhes é de direito ou toma consciência disso arquitetando seu voto com intuito de mudança ou protesto.
O fato é que a olimpíada, mal ou bem, deixará um legado para os cariocas e brasileiros, e até mesmo para os latino-americanos. Eu não posso prever com precisão o que fará parte desse legado, podem ser estruturas oníricas de grande utilidade para as gerações futuras, ou não, podem ser investimentos no transporte e segurança que amenizaram nossas necessidades, ou pode ser apenas um legado ideológico que nos mostrará o quanto a mídia e o governo, que apoiaram incessantemente a sediação das olimpíadas, são tão pouco confiáveis e que possibilitará a nós vermos o quanto é necessário uma presença empírica da população em casos de integral importância, como esse.
Logo cabe a nós fiscalizar, exigir e aprender com esses jogos olímpicos. Devemos mostrar ao mundo não só que podemos dar uma festa melhor que todos os outros povos, mas também que podemos arrumar a bagunça no “salão” com um capacidade sem igual.

domingo, 27 de setembro de 2009

Geração Créu


Olho para a História e vejo, com grande freqüência, gerações de jovens inquietos, ativos, sonhadores, presentes em todos os assuntos e com vontade de mudança. Mas olhando para o presente o que posso ver é uma juventude estática, comodista, preguiçosa e desinteressada.
Os jovens estão definitivamente mudados, e perderam, infelizmente, o que tinham de mais admirável, a sua inquietude revolucionaria, de utilidade notória em alguns momentos históricos e extremamente contestada como rebeldia outrora.
Essa comodidade contemporânea se deve a vários fatores, na verdade já é parte da cultura atual. A busca do jovem pela falta de incômodos vem sendo nitidamente agravada pela tecnologia, com a qual eles podem executar diversas tarefas sem mesmo sair de casa, como compras, pesquisas, entreter-se e principalmente comunicar-se.
A internet é sem duvida uma das maiores protagonistas dessa transformação dos jovens. Eles obviamente aproveitam mal essa dádiva, com ela podem, sem duvida, entrar em contato com diversas culturas, escutar diversos tipos de musica, conhecer diversas obras artísticas e literárias, mas invés disso disseminam vídeos idiotas, danças de mulheres frutas, todo e qualquer tipo de futilidade que possamos imaginar.
O pior de tudo é que eles aderem fielmente a essas banalidades, deixando de lado todo e qualquer interesse que poderiam vir a ter em relação as coisas que proporcionam o bem comum, as coisas de alguma utilidade para si e para a sociedade.
Eles gostam de dançar o creu e ver a bunda da mulher melancia balançando, importam se em vestir o mesmo tipo de roupa da vocalista do paramore, tentam ser originais digitando com todos aqueles “X” e “H”, não perdem de jeito algum o episódio semanal de Naruto, passam dias e noites jogando seus RPG on-line, falam da sua vida medíocre e seus problemas de fácil resolução em seus blogs.
Uma vez Renato Russo descreveu a “Geração Coca-Cola”, uma geração forte com ímpeto para mudar as coisas que apesar de terem sido criados em um mundo de egoísmo e falcatruas iriam virar o jogo a seu favor, mas sem duvida não era da geração atual que eles estava falando. Eu poderia definir a juventude contemporânea como a “Geração Creu”, sem ímpeto nem mesmo para ir até a velocidade cinco e com interesses extremo por toda futilidade da moda.
Logo enquanto esses seres não pegarem um livro para ler, não "Crepúsculo" ou qualquer livro desses de alguma “modinha” linear, mas um livro que cause alguma reflexão que proponha uma postura diferenciada, ou então venham a ser motivados de alguma forma, eles continuaram a ter uma posição indigna de atenção à suas ideologias.

Até bem pouco tempo atrás
Poderíamos mudar o mundo
Quem roubou nossa coragem?

( Renato Russo)
Agora alem de coragem falta a vontade para mudar e como sempre seguimos em um caminho complexo e degradativo, fadando-nos ao caos absoluto e irreversível, e aparentemente fazemos muito pouco para mudar isso.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Perdoados e Controlados


Cristianismo, para alguns a religião dos bons, para outros a religião dos fracos. A religião cristã me parece nitidamente uma justificativa para os fracos, preguiçosos, oprimidos e incapazes. A meu ver ela incita o homem a rezar para que sua vida mude, a pecar e contar com o perdão, a não reagir ao seu agressor e perdoá-lo, para que possa ser perdoado posteriormente, e outras inúmeras atitudes que estimulam a fraqueza.
Como Nietzsche já proclamava, a “força” que se estabelece em nosso tempo é a fraqueza. Estamos acomodados a viver a doutrina do “depois”, praticamos as atitudes corretas para que possamos usufruir do paraíso além-vida, nos especializamos em atividades que geram capital e lucro para que vivamos uma vida com regalias fora do trabalho ou depois da aposentadoria. O fato é que com isso perdemos grandes partes de nossas vidas, quando não a perdemos por inteiro, em busca do depois. Possuímos uma postura niilista, negando valores, nos negamos o corpo, o agora, as vontades em prol de um ideal inatingível.
Se antes nós deixávamos de viver para garantir nossa entrada no paraíso, agora deixamos de vivenciar o agora para viver o depois, o futuro, próximo ou não.
Não me preocupo com o cristianismo, não mais, pois nitidamente esta em decadência e mais cedo ou mais tarde as pessoas notarão que até mesmo os mais religiosos deixam seu Deus em segundo plano nessa era moderna, confiando em medicamentos invés da tradicional reza ou fazendo cursinhos aos domingos deixando a missa de lado. O que me preocupa é a herança que a religião vai deixar para a ciência, uma população controlada praticante do niilismo moderno.
Logo essas atividades nos reprimem, impede a força, o talento, à vaidade, o orgulho intitulando-as de pecados ou atitudes não nobres, tornando o mundo o lugar dos fracos, perdoados e controlados.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Homem, Definitivamente Indefinido


Como você definiria o homem?
Eu já presenciei inúmeras respostas a essa pergunta, e a maioria das pessoas respondem sempre a mesma coisa:
“Homem é um animal racional.”
Recentemente, em um debate em uma aula de filosofia na minha faculdade, algumas pessoas responderam exatamente desta forma, com esse olhar infantilizado para o mundo.
Bem, de diversas formas eu poderia criticar esse discurso, pois não creio na razão, mas de qualquer forma partiremos de outro ponto, um ponto mais fácil, de compreensão imediata.
A razão foi criada aproximandamente no século VII A.C, porém o homem já existia há uma considerável parcela de tempo, antes dessa razão vigorava um “pensamento” mítico, uma fé no politeísmo, onde tudo era justificado, irracionalmente, pelas ações divinas dessa crença.
Seguindo esse raciocínio o homem não seria um animal racional e sim um animal mítico.
Porém como poderemos saber o que o homem “era” antes do mytos?
Partindo de um lógica Darwinista, onde as espécies estavam em constante evolução, o homem “é uma animal ainda indefinido”, pois ainda esta em construção, desenvolvimento e em constante mudança.
“Ele é um perpetuo superador de si mesmo.”
Por tanto não temos conhecimento suficiente para definir o homem, todas nossas definições são vagas e deixam muito a desejar perante a complexidade desse ser.
O homem é por hora “definitivamente” indefinido.

sexta-feira, 31 de julho de 2009

Felicidade: Pura e Simples Vontade


Depois de algumas conversas com alguns amigos e um pouco de reflexão solitária, decidi escrever sobre a felicidade.
Algumas pessoas levam suas vidas acreditando em algum propósito incumbido a elas, já outras vivem procurando o motivo pelos quais suas vidas existem.
Ao longo da minha vida, em conversas com pessoas, sempre ouvi dizerem:
“O propósito da minha vida é ser feliz!”
Mas o que é felicidade?
“A felicidade é um problema individual. Aqui, nenhum conselho é valido. Cada um deve procurar, por si, tornar-se feliz” Sigmund Freud
Felicidade é um conceito estritamente individual, mas por fim é uma vontade de realizar algo, obter algo...
Porém talvez esse conceito de felicidade como propósito de vida seja apenas uma maneira dos seres humanos se iludirem e maquiarem sua notória falta de capacidade em aceitar a sua imensurável ignorância.
O fato é que a dita felicidade me parece apenas uma satisfação de uma simples vontade retida com alto grau de estase.
Será que realmente viver esses momentos de satisfação é o propósito de nossas vidas?
“Infelicidade é não sabermos o que desejamos e matarmos-nos para o alcançar” David Herold
Mais uma vez essas reflexões sobre os seres humanos só fazem ratificar o quanto a humanidade é egoísta, visando sempre suas realizações pessoais.
Talvez não haja propósito em nossas vidas, talvez não saibamos afim de que elas existem, mas pra min nós é que damos propósito as nossas vidas, vivendo.
Damos-nos conta do egoísmo impresso nessa busca pela felicidade quando vemos o que realmente somos capazes de fazer para sermos felizes.
Será que é certo sermos privados do prazer de obter a felicidade por outras pessoas?
Pois é isso que acontece mesmo que não intencionalmente.
Logo tenho a impressão que o homem não pode ser feliz dando valor a sociedade e seus indivíduos, porque a preocupação com eles reprime nossas vontades nos impedindo de concluir nossa busca pela felicidade.
São raciocínios simples e de alguma lógica, mas tendem ao pensamento de um psicopata. Será que podemos julgar alguém de ser louco por tentar realizar o propósito de sua vida?
“Há prazeres para os sentidos; há alegrias para o coração; a felicidade é só para a consciência” Félix Bouvert

domingo, 26 de julho de 2009

Uma Mentira Verde


Ultimamente a maioria das pessoas tem aderido a uma posição contra o impacto ambiental, e todos os danos que os produtos que consomem e suas vidas em geral causam a natureza.

No entanto muitas dessas pessoas não sabem o verdadeiro porque dessa atitude, elas simplesmente seguem um tido de “moda”. Alguns dizem que é apenas pra salvar a natureza porque ela é o que há de mais belo e tentar salva-lá é o mínimo que podemos fazer para recompensar todo o dano que causamos ao longo desses tantos anos de historia.

Bem quero deixar claro que não sou contra protegerem o ecossistema, não odeio o Green Peace e não sou a favor de demastarem a floresta amazônica para a construção do maior shopping center já visto.

O que quero criticar é o desconhecimento das pessoas sobre o real motivo pelo os quais elas são de um movimento pro – ecologia.

Você que pensa que participa de um movimento protetor do ecossistema porque a árvore é verde, e verde é bonito, eu lhe peço que leia com atenção o resto do artigo.

Nós seres humanos somos inegavelmente prepotentes, a ponto de acharmos que somos capazes de destruir ou salvar a natureza. A natureza existia muito antes do ciclo evolucionista do ser humano se completar, ela estava aqui antes de nós e é provável que esteja após a nossa extinção. Nós somos altamente dependentes da natureza, ao contrário dela que não precisa de nós para nada.

Tendo em vista esses pontos, por que realmente tentamos salvar a natureza?

É pela importância fundamental que ela tem em nossas vidas, pelos recursos dos quais dependemos tanto.

Então preste atenção, antes de você sair por ai defendendo um movimento ecológico como se fosse à pessoa mais altruísta do mundo mostrando se importar com as plantinhas e animaizinhos, lembre-se que você só protege o ecossistema porque é dependente dele, o que é apenas uma atitude egoísta e indigna de admiração.

Por tanto antes falar leigamente sobre um assunto e defender uma tese sobre a qual você não tem o mínimo conhecimento, se informe, reflita.

Enfim é importante preservar a natureza, porque nitidamente ela nos provém recursos insubstituíveis nesse momento. Não se congratule por estar fazendo algo em prol de si mesmo, não aja como se não fizesse parte da destruição que diz tentar extinguir.

Tente enxergar a verdade, mesmo que ela esteja pintada de verde.

sábado, 25 de julho de 2009

Indivíduo Divisível

Há tempo eu acho que esse conceito de indivíduo está comprometido. Definido no dicionário como: Ser ¹, Sujeito ² entre outros ... Indivíduo é também um adjetivo de definição: Que não se divide ¹, indiviso ² , integral ³ ...

Em todo caso isso não se aplica a nós seres humanos, que somos tão divisíveis. Existem posturas que a sociedade espera de você em diversas situações. São as diferentes maneiras que você se porta no seu dia a dia, como por exemplo: você como filho tem uma postura em relação aos pais, como pai tem outra em relação aos seus filhos, sua relação com seu patrão e também com seus empregados e etc.

A sociedade já te molda de uma forma que você tenha “n“ faces, e isso de fato torna sua vida mais complexa. Penso que se você tem que ser tantas “pessoas” diferentes, como pode ter certeza da pessoa que você é? Como pode se conhecer tendo que ter tantas posturas, ações e aptidões diferentes?

A pergunta que você mais ouve quando é criança é: “O que você vai ser quando crescer?”. Esse é o interesse do mundo em você. Essa sociedade capitalista, com valores extremamente egoístas, só preocupa-se com o seu potencial de consumo, as coisas que você vai comprar, o trabalho que vai exercer, sua participação efetiva para que o ciclo capitalista no qual o mundo esta mergulhado continue a girar.

O mundo é egoísta e se importa com o que você é para ele, se é um bom filho, um bom empregado, um bom cidadão, mas ele não se importa se está feliz ou satisfeito.

Enfim se o mundo não se importa conosco, será que vale a pena nos importamos com ele?

domingo, 19 de julho de 2009

Publicidade a alma do negócio?


Estive pensando esses dias se ser um Publicitário é mesmo o que eu quero para a minha vida. Não que eu não goste de faculdade ou que ache que não gostarei do emprego, pelo contrario os dois mostraram-se melhores do que eu esperava. Uma faculdade legal com uma grade interessante , matérias que realmente tem algum significado; não só para o trabalho mas para o meu jeito critico de ver o mundo.
Será que fazer pessoas comprarem produtos, que em alguns casos não lhe servirão de muita coisa, é realmente o que eu quero?
Porque é isso que um Publicitário faz ele vende idéias que induzem pessoas a comprar coisas que não querem, com um dinheiro que não tem, para mostrar pras pessoas das quais não gosta, serem um individuo que elas não são.
A Publicidade me da o direito de ser um grandessíssimo enganador de gente (e põem gente nisso, porque os publicitários enganam um monte de pessoas com uma só propaganda) e ainda assim botar a cabeça no travesseiro e dormir pensando que eu só fiz o meu trabalho digno, que é como todos os outros.
E se eu for bom nisso? E se realmente me sair bem? Será que vou conseguir ser esse fdp e fazer de conta que não contribuo para a desigualdade no mundo?
O fato é que eu só obterei essas respostas quando for tarde demais para mudar as perguntas.
Logo só me resta fazer a minha parte nesse sistema hegemônico onde malandro é malandro, mané é mané.